Certa vez um homem conseguiu escapar da caverna. Ficou incrédulo, pois não sabia onde se encontrava a realidade: no que estava vendo ou nas sombras em que sempre viveu. Também sentiu-se deslumbrado, pois seus olhos não conseguiam ver com nitidez as coisas iluminadas.
Não foi uma tarefa fácil acostumar-se com o lado de fora, pois aprender a ver era doloroso e assim, ele desejava regressar à caverna, onde tudo lhe era familiar e conhecido. Sentindo-se indisposto a regressar à caverna, o homem ficou onde estava, acabou maravilhando-se e percebendo que sempre viveu isolado do mundo real e vendo apenas as sombras dele.
Pelo mesmo motivo que o primeiro homem relutava em ficar no "mundo real", muitos nem acreditaram quando ele regressou à caverna e contou sobre as maravilhas do lado de fora.
Representação do Mito da Carverna, proposto por Platão.
No filme, as pessoas vivem controladas pela Matrix, vendo apenas o que esse sistema impõe às suas mentes. Por este motivo o filme relaciona-se muito com o Mito da Caverna, afinal nos dois as personagens não conheciam a realidade, elas viviam em um mundo de sombras.
Como disse Marilena Chauí, a caverna representa o mundo de aparências que vivemos e as correntes são os nossos preconceitos e opiniões, que nos fazem ver apenas as sombras da realidade.
Ficadica: leia aqui http://www.monica.com.br/comics/piteco/pag1.htm a história em quadrinhos deMaurício de Souza chamada “As sombras da vida”, é uma ótima forma de entender o Mito da Caverna.
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. pp. 11-15 e 18-19.
Nenhum comentário:
Postar um comentário